As culturas de inverno, além de auxiliar agronomicamente o solo para o plantio das culturas de verão, este ano vão trazer uma renda maior ao produtor. Além disso, demanda pela nutrição animal também é um fator preponderante para a alta procura pelos cultivos.
A área de trigo no Rio Grande do Sul deve crescer ao menos 10% nesta safra, segundo a Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro/RS). Ou seja, a expansão das culturas de inverno, com destaque para a cultura do trigo, acontece principalmente em função de o produtor tentar usar melhor sua área no inverno. E também baseado em uma expectativa de uma realidade de preço diferenciado, o que tem animado o produtor.
A expectativa é que também haja uma expansão de áreas de outras culturas como aveia, canola, cevada, centeio e triticale que também buscam seu espaço e trazem um viés de rentabilidade.
Ainda de acordo com a FecoAgro/RS, o aumento deve ocorrer especialmente em áreas em que não é comum o cultivo dessa cultura. Sobre a questão dos custos em relação à renda, o produtor tem um cenário favorável, com bons preços e estimativa de uma boa safra.
A produção brasileira de trigo em 2021 deverá ficar em 6,437 milhões de toneladas, segundo o sexto levantamento para a safra brasileira de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O número é 3,3% superior ao produzido em 2020, de 6,234 milhões de toneladas.
A Conab indica uma área plantada de 2,390 milhões de hectares, alta anual de 2,1%. A produtividade está projetada em 2.693 quilos por hectare, 1,1% acima do rendimento do ano passado.
Segundo o IBGE, a Região Sul do Brasil deve responder, em 2021, por 87,9% da produção tritícola nacional. No Paraná, maior produtor (46,4% do total nacional), a produção foi estimada em 3,1 milhões de toneladas. O Rio Grande do Sul, segundo maior produtor, com participação de 39,1% do total nacional, deve produzir 2,6 milhões de toneladas, 25,0% a mais que em 2020.
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